Instituto de Matemática e Estatística
Departamento de Matemática Pura e Aplicada

Plano de Ensino Remoto Emergencial (ERE)

Dados de identificação

Disciplina: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

Período Letivo: 2021/2

Professor Responsável: ELISABETE ZARDO BÚRIGO

Sigla: MAT01210 Créditos: 3

Carga Horária: 45h CH Autônoma: 0h CH Coletiva: 45h CH Individual: 0h

 

Súmula
Problemas, procedimentos e fontes da pesquisa em História da Educação Matemática. Finalidades, práticas e movimentos de inovação da Matemática Escolar. A profissionalização dos professores de Matemática no Brasil.

 

Currículos
Currículos Etapa Aconselhada Pré-Requisitos Natureza
LICENCIATURA EM MATEMÁTICA 7         100 créditos obrigatórios Obrigatória
LICENCIATURA EM MATEMÁTICA - NOTURNO 7         100 créditos obrigatórios Obrigatória

 

Objetivos
Apresentar e discutir o campo de investigação História da Educação Matemática, debatendo as interfaces com os campos da História da Educação, da História das Disciplinas Escolares e da Educação Matemática.
Reconhecer a História da Educação Matemática como campo de investigação e estudar o processo de constituição de fontes históricas a partir de documentos escritos, oralidade e imagens.
Debater sobre as políticas curriculares e as práticas historicamente construídas relacionadas ao ensino de matemática escolar, articulando passado e presente.
Estudar o processo de profissionalização dos professores que ensinam Matemática e a constituição do campo da Educação Matemática.

 

Conteúdo Programático

Semana Título Conteúdo
1 a 4Problemas, procedimentos e fontes da pesquisa em História da Educação Matemática.- História da Educação Matemática como campo de investigação, e suas interfaces com os campos da História da Educação, da História das Disciplinas Escolares e da Educação Matemática
- Questões metodológicas da pesquisa historiográfica: leitura e cruzamento de fontes, marcos temporais e espaciais, produções de narrativas, conexões entre história e memória
- Fontes escritas: legislação, diretrizes oficiais, regimentos, provas, cadernos, diários de classe, revistas pedagógicas, livros escolares e manuais pedagógicos, documentos autobiográficos (correspondências, diários, ...)
- Fontes orais
- Fontes iconográficas: imagens
- Constituição de acervos escolares
5 a 9A institucionalização e movimentos de inovação da Matemática Escolar.- Saberes matemáticos na escola elementar republicana: Aritmética e Geometria práticas, método intuitivo, ensino seriado
- As Matemáticas nos exames de preparatórios
- Constituição da Matemática como disciplina escolar do ensino secundário
- Movimento modernizador do ensino de Matemática e a reforma Francisco Campos
- Escolanovismo e suas ressonâncias na Matemática da escola primária - finalidades, programas e métodos
- A Matemática das provas finais e dos exames de admissão ao secundário
- A democratização do acesso e permanência na escola
- Movimento da Matemática Moderna - concepções, produções, experimentações
- Movimento da Educação Matemática - Congressos Nacionais de Ensino de Matemática, eventos nacionais e internacionais de Educação Matemática, constituição da Sociedade Brasileira de Educação Matemática.
10 a 14A profissionalização dos professores de Matemática no Brasil.- Escolas Normais e a formação de professores primários: saberes matemáticos a ensinar, saberes matemáticos para ensinar;
- formação de professores secundários: constituição e institucionalização dos cursos de Licenciatura em Matemática, concepções e políticas de formação de professores;
- desenvolvimento profissional dos professores de Matemática: ingresso e permanência na carreira, prática docente e formação continuada.
15Entrega e apresentação das produções finaisEntrega e apresentação das produções finais
16Recuperação da produção finalRecuperação da produção final
Haverá quatro encontros presenciais, um ao final de cada módulo, em datas previamente divulgadas, viabilizando interação e participação de todos os estudantes, bem como acesso e compartilhamento de fontes disponíveis apenas em

 

Metodologia
Esta disciplina utilizará o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) institucional Moodle, onde estarão o plano de Ensino Adaptado e as atividades previstas (se forem utilizadas atividades hospedadas fora do AVA, os links estarão disponíves no AVA).

A bibliografia sugerida neste plano de ensino será indicada no AVA (indicando as seções utilizadas).
A disciplina será desenvolvida por meio de atividades síncronas (video-conferência) e assíncronas, indicadas através de links no moodle, bem como atividades presenciais (uma ao final de cada módulo).
O conteúdo das atividades síncronas será salvo visando acesso assíncrono dos discentes.
As atividades síncronas consistirão em seminários semanais, nos quais a apresentação e a discussão de textos previamente indicados para leitura será intercalada com a apresentação de exercícios de coleta, produção, leitura e cruzamento de fontes. As atividades assíncronas consistirão na realização dos exercícios acima mencionados, sob orientação do(a) professor(a). Aos discentes que não puderem participar das atividades síncronas será oportunizado o envio de suas produções, previamente aos seminários, via moodle, em um dos seguintes formatos: arquivo de audio, vídeo ou pdf.
Ao final do semestre, cada aluno deverá apresentar uma produção escrita, sobre uma das temáticas abordadas e que dialogue com a bibliografia utilizada.
Essa produção também será apresentada aos colegas, em seminário (atividade síncrona) ou por meio de vídeo.

 

Informações sobre Direitos Autorais e de Imagem
Todos os materiais disponibilizados são exclusivamente para fins didáticos, sendo vedada a sua utilização para qualquer outra finalidade, sob as penas legais.
Todos os materiais de terceiros que venham a ser utilizados devem ser referenciados,  indicando a autoria, sob pena de plágio.
A liberdade de escolha de exposição da imagem e da voz não isenta o aluno de realizar as atividades originalmente propostas ou alternativas;
Todas as gravações de atividades síncronas devem ser previamente informadas por parte dos professores.
Somente poderão ser gravadas pelos alunos as atividades síncronas propostas mediante concordância prévia dos professores e colegas, sob as penas legais.
É proibido disponibilizar, por quaisquer meios digitais ou físicos, os dados, a imagem e a voz de colegas e do professor, sem autorização específica para a finalidade pretendida. 
Os materiais disponibilizados no ambiente virtual possuem licença de uso e distribuição específica, sendo vedada a distribuição do material cuja a licença não permita ou sem a autorização prévia dos professores para o material de sua autoria.

 

Carga Horária
Teórica: 45 horas
Prática: 0 horas

 

Experiências de Aprendizagem
Os estudantes serão responsáveis pela apresentação de textos e de exercícios, mediante cronograma previamente combinado. Essa apresentação poderá ser feita nos seminários semanais (atividades síncronas ou encontros presenciais) ou previamente aos seminários, pelo envio de arquivo de áudio, vídeo ou pdf.
Os seminários serão intercalados com a realização de exercícios de coleta, de análise e de cruzamento de fontes historiográficas, em atividades assíncronas, sob a orientação do(a) professor (a). Serão estudadas fontes tais como documentos oficiais (legislação, relatórios, pareceres...), documentos escolares (certificados, planos, atas...), livros didáticos, cadernos escolares, fotografias e depoimentos orais. Essas fontes serão buscadas junto a repositórios digitais
e/ou materiais diretamente coletados pelos alunos, quando isso for possível.
Ao final do semestre, cada aluno deverá apresentar uma produção escrita, sobre uma das temáticas abordadas e que dialogue com a bibliografia utilizada.
Essa produção também será apresentada aos colegas, em seminário (atividade síncrona ou encontro presencial).

 

Critérios de Avaliação
De acordo com a Resolução do CEPE sobre o ERE, durante o período em que perdurar o ERE, fica inaplicável a atribuição de conceito FF, prevista no parágrafo 2.o, do artigo 44, da Resolução n.o 11/2013 do CEPE.
Para os estudantes matriculados até o final do período e que deixaram de participar da Atividade de Ensino, deverá ser atribuído o registro NI (Não Informado) no campo de conceito do sistema acadêmico.
Para os casos previstos no parágrafo 1.o, a justificativa do registro NI deverá conter a referência ao período de excepcionalidade.
Os casos de não informação de conceito durante o ERE, deverão ser resolvidos até o fim do segundo período letivo, após o fim da situação emergencial de saúde.
Se as condições sanitárias permitirem e houver espaço físico disponível as atividades presenciais serão realizadas nos dias abaixo. Se não for possível, as atividades serão realizadas em encontros síncronos remotos.
Datas prováveis dos encontros presenciais (a confirmar durante o semestre)
Atividade 1: Dia 11 de fevereiro de 2022.
Atividade 2: Dia 18 de março de 2022.
Atividade 3: Dia 30 de abril de 2022.
Atividade 4: Dia 7 de maio de 2022.

A avaliação dos alunos considerará dois itens:
I) a apresentação de textos previamente lidos e de produções resultantes de busca e análise de fontes, nos seminários ou por meio do envio de arquivos,
previamente a cada seminário;
II) uma produção escrita final, considerando pelo menos uma temática abordada na disciplina, em diálogo com os textos e autores estudados.
Constituem critérios de avaliação: a) consistência teórica e metodológica relativamente aos conteúdos e enfoques tratados em aula; b) observância da escrita em termos de clareza, encadeamento e argumentação; c) autonomia e criatividade na elaboração e realização das atividades propostas; d) frequência, comprometimento e pontualidade referentes às atividades propostas na disciplina.
Para cada produção escrita será atribuída um conceito (A, B, C ou D).
A atribuição de conceitos obedecerá aos seguintes critérios:
- será atribuído conceito A ao aluno que, cumulativamente, realizar todas as tarefas solicitadas, obtendo conceitos A na maioria das tarefas do item I e conceito A na produção final (item II);
- será atribuído conceito B ao aluno que, cumulativamente, realizar todas as tarefas solicitadas, obtendo conceitos B ou A na maioria das tarefas do item I e conceito A ou B na produção final (item II), mas não atender os requisitos para obter conceito final A;
- será atribuído conceito C ao aluno que, cumulativamente, realizar todas as tarefas solicitadas segundo os critérios estabelecidos, mas não atender os requisitos para obter conceito final A ou B;
- será atribuído conceito D ao aluno que não realizar as tarefas solicitadas segundo os critérios estabelecidos.

 

Atividades de Recuperação Previstas
Cada atividade entregue será avaliada e comentada pelo professor. Desse modo se incentivará que os estudantes revisem sua própria argumentação e escrita, corrigindo erros e buscando a clareza e a consistência das soluções e justificativas apresentadas. Desse modo, pretende-se atender ao preceito da avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, como orienta a LDB.
Será oportunizada a reelaboração de cada produção que for considerada insuficiente, com uma semana de prazo para entrega desse trabalho, contada a partir da devolução da avaliação.

 

Prazo para Divulgação dos Resultados das Avaliações
A divulgação de cada avaliação será feita, no máximo, duas semanas após a entrega, sendo que, no caso da produção final, será feita uma semana após a entrega.

 

Bibliografia
Básica Essencial
GARNICA, Antonio Vicente Marafioti (org.). Pesquisa em História da Educação Matemática no Brasil sob o signo da pluralidade. São Paulo: Livraria da Física, 2016. ISBN 9788578614027.
MIORIM, Maria Ângela. Introdução à história da educação matemática. São Paulo: Atual, 1998. ISBN 8570568703.
VALENTE, Wagner R. (org.). História da educação matemática no Brasil: problemáticas de pesquisa, fontes, referências teórico-metodológicas e histórias elaboradas. São Paulo: Livraria da Física, 2014. ISBN 9788578612627.

Básica
COSTA, David Antonio; VALENTE, Wagner Rodrigues (orgs.). Saberes matemáticos no curso primário: o que, como e porque ensinar? Estudos histórico-comparativos a partir da documentação oficial escolar. São Paulo: Livraria da Física, 2014. ISBN 9788578612559.
FERREIRA, Ana Cristina; BRITO, Arlete de Jesus; MIORIM, Maria Ângela. Histórias de formação de professores que ensinaram Matemática no Brasil. Campinas: Ílion, 2012. ISBN 97885636440707.
KARP, Alexander; SCHUBRING, Gert (eds.). Handbook on the history of mathematics education. New York: Springer, 2014. ISBN 9781461491552.
OLIVEIRA, Maria Cristina Araujo; LEME DA SILVA, Maria Celia; VALENTE, Wagner Rodrigues (orgs.). O movimento da matemática moderna: história de uma revolução curricular. Juiz de Fora: UFJF, 2011. ISBN 9788576721208.
PINTO, Neuza Bertoni; VALENTE, Wagner Rodrigues (orgs.). Saberes matemáticos em circulação no Brasil: dos documentos oficiais às revistas pedagógicas, 1890-1970. São Paulo: Livraria da Física, 2016. ISBN 9788578613938.
VALENTE, Wagner R. (org.). O nascimento da matemática do ginásio. São Paulo: Annablume/FAPESP, 2004. ISBN 8574194131.
VALENTE, Wagner Rodrigues. Uma história da matemática escolar no Brasil: 1730-1930. São Paulo: Annablume, 2007.

Complementar
BÚRIGO, Elisabete Z.. Problemas aritméticos em livros, revistas e programas: um exercício de cruzamento de fontes. São Paulo: SBHMat, 2016. Disponível em: http://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/62/41
BÚRIGO, Elisabete Z.; FISCHER, M. Cecilia B.. A Matemática e as demais disciplinas: um debate no II Congresso Nacional de Ensino da Matemática. Aracaju: UFS, 2014. Disponível em: https://aplicacoes.ifs.edu.br/periodicos/index.php/caminhos_da_educacao_matematica/article/view/11
BÚRIGO, Elisabete Z.; FISCHER, M. Cecilia B; SANTOS, Monica Bertoni dos. A matemática moderna nas escolas do Brasil e de Portugal: novos estudos. Porto Alegre: Redes, 2008.
CHERVEL, André. História das disciplinas escolares: reflexões sobre um campo de pesquisa. Porto Alegre: UFRGS, 1990. Disponível em: https://pt.scribd.com/doc/62595645/Chervel-Andre-Historia-das-disciplinas-escolares
D'AMBROSIO, Ubiratan. Características distintas da história da matemática e da educação matemática em países da América Latina. São Paujo: SBHMat, 2015. Disponível em: http://histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/17
DALCIN, Andreia. Tempo e Espaço no Colégio Salesiano Liceu Coração de Jesus: Contribuições para História da Educação Matemática no Brasil.. Cuiabá: UFMT, 2010. Disponível em: http://www.ie.ufmt.br/revista/sistema/revistas/arquivos/1306509325.pdf
DALCIN, Andreia; BRITO, Arlete de Jesus. O exercício do olhar como possibilidade para interpretar práticas escolares do passado. Florianópolis: UFSC, 2015. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/alexandria/article/view/1982-5153.2015v8n2p233/29504
DYNNIKOV, Circe Mary Silva da Silva. A escola normal na província de São Pedro do Rio Grande do Sul e os saberes matemáticos para futuros professores (1869-1889). São Paulo: SBHMat, 2016. Disponível em: http://histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/103/71
GARNICA, Antonio Vicente Marafioti. O escrito e o oral: uma discussão inicial sobre os métodos da História. Bauru: Unesp, 1998. Disponível em: http://educa.fcc.org.br/pdf/ciedu/v05n01/v05n01a04.pdf
GARNICA, Antonio Vicente Marafioti. Sobre Historiografia: fragmentos para compor um discurso. Natal: UFRN, 2013. Disponível em: http://hdl.handle.net/11449/135293
JULIA, Dominique. A cultura escolar como objeto histórico. Campinas: SBHE, 2001. Disponível em: http://www.sbhe.org.br/novo/rbhe/RBHE1.pdf
KEITEL, Christine; KILPATRICK, Jeremy. Racionalidade e irracionalidade dos estudos comparativos internacionais. Lisboa: APM, 1999. Disponível em: http://www.apm.pt/apm/revista/educ55/educ55_10.htm
LEME DA SILVA, Maria Célia; VALENTE, Wagner Rodrigues (Org.). NA OFICINA DO HISTORIADOR DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA - Cadernos de alunos como fonte de pesquisa. Belém: SBHMat, 2009. Disponível em: http://www2.unifesp.br/centros/ghemat/images/stuffs/OFICINA_Parte_1.pdf
MATOS, José Manuel; VALENTE, Wagner Rodrigues (Orgs.). A reforma da matemática moderna em contextos ibero-americanos. Caparica: UIED, 2010. Disponível em: https://run.unl.pt/handle/10362/5321
MENDES, Iran Abreu,

 

Outras Referências
Não existem outras referências para este plano de ensino.

 

Observações
Alunos dos Programas de Pós-Graduação vinculados ao Instituto de Matemática e Estatística poderão realizar estágio de docência na disciplina.

 

Enviar